Parceria entre a Secretaria de Abastecimento e Agricultura e o Centro de Integração da Cidadania (CIC) do Imigrante, ligado à Secretaria de Justiça e Cidadania, promoveu, na segunda-feira (15), um encontro sobre alimentação saudável com a participação de 25 estrangeiros de diferentes nacionalidades. O CIC do Imigrante fica no bairro de Santa Cecília, na capital paulista.
“Não nos alimentamos apenas para nutrir nosso corpo, mas também para satisfazer nossas necessidades psicológicas, nosso emocional. Todo mundo fica mais feliz ao comer um bolo de chocolate”, afirmou a nutricionista da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Sizele Rodrigues. A nutricionista lembra que manter tradições culinárias do país de origem também contribui para alcançar aquela satisfação.
De acordo com Rodrigues, uma alimentação equilibrada durante toda a vida pode evitar o aparecimento de diabetes, obesidade e hipertensão. “São doenças que não levam à morte de imediato, mas podem fazer uma pessoa sofrer por muitos anos”, explicou a nutricionista à turma, que interagiu com dúvidas e sugestões sobre os alimentos.
No Brasil há nove meses com a esposa, o venezuelano Raul Escalona já se sente paulistano, exceto pelo sotaque que tenta melhorar com as aulas de Português no CIC do Imigrante. Ele conta que já foi obeso e com uma mudança de hábitos, conseguiu ter mais saúde e disposição. “Com alimentação saudável e um pouco de exercício, estou me sentindo bem melhor”, disse Escalona, que só não resiste ao chocolate. “Como um pouco de chocolate amargo artesanal todos os dias”, contou.
Já para o dentista colombiano Alex Duarte, que está no Brasil para fazer um curso de pós-graduação, com a mudança de país ele trocou alguns hábitos alimentares, passando a comer coisas menos saudáveis. “Hoje, recebi orientações da nutricionista sobre quais alimentos colocar no prato e, principalmente, quais devemos evitar”, disse, destacando que a alimentação de qualidade também influencia na saúde bucal.
Eva Gonzalez veio do Peru com suas filhas e neto e tenta se adaptar à culinária brasileira. “Lá, temos costume de comer verduras com carne, mas aqui, estou aprendendo a comer mais”, afirmou a dona de casa. Ela está tentando introduzir as verduras também na alimentação do neto de um 1 e 11 meses.
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