Histórico personagem do Alvirrubro, ex-atacante detalha trajetória no clube, fala sobre a força dos Aflitos e aparece como motivador do grupo
O Náutico já concluiu o seu grande objetivo da temporada 2019: conquistar o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro do ano que vem. Agora, o Timbu está na grande decisão da Terceirona e pode alcançar o primeiro título nacional da sua história: a Série C. O Alvirrubro abre a final em casa, diante do Sampaio Corrêa, e conta o apoio de um velho conhecido para ficar ainda mais focado na missão do inédito troféu.
Atleta que mais vezes vestiu a camisa do Náutico, com 387 jogos, e o terceiro maior artilheiro da história do clube, com 179 gols, o ídolo da torcida Kuki começou a trabalhar no clube fora das quatro linhas em 2010, pouco depois de encerrar a carreira. Ele é auxiliar-técnico do grupo e, nestes importantes momentos que antecedem ao jogo mais esperado do ano, surge como grande motivador do elenco.
– Temos respeito pelo Sampaio Corrêa e acredito que, junto com eles, fomos quem mereceu chegar na final. Sei que o que marca o jogador e o trabalho no clube são os títulos. Estamos vendo muito trabalho. O objetivo era o acesso, mas o trabalho continua. E temos de colocar na cabeça do jogador que esses 15 dias são os mais importantes do ano. Uma conquista conta muito para a carreira, pois o seu nome fica imortalizado na história do clube – destacou.
Se tem alguém que conhece os atalhos dos Aflitos é Kuki. O time havia decidido passar a mandar seus jogos na Arena Pernambuco, mas a iniciativa acabou não dando certo e a diretoria decidiu reformar a histórica casa do Náutico e o Timbu voltou para lá nesta temporada. Deu certo e o ex-atacante exalta a força do estádio.
Kuki é quem mais vezes vestiu a camisa do Náutico, com 387 jogos, e é o terceiro maior artilheiro da história do clube, com 179 gols
Créditos: Daniel Guimarães / CBF
– O Náutico ficou seis anos longe do seu estádio e o torcedor não aceitou essa saída dos Aflitos para a Arena. O retorno foi muito proveitoso, o Náutico está sabendo usar o fator casa, o apoio da torcida tem sido fundamental, e temos de enaltecer também a entrega dos jogadores, a vinda do Gilmar (Dal Pozzo, técnico) e do Luciano (Borges, auxiliar-técnico), essa nova comissão… Foi um grande acerto do Náutico. Chegaram pessoas que já conheciam o clube, já tinham passado aqui, e tem uma grande identificação com o Náutico. É uma teia, uma coisa puxando a outra, as coisas aconteceram, estão dando certo, e tenho certeza que o torcedor do Náutico vai comparecer e os jogadores vão dar o melhor no campo para conquistar uma vitória e, no domingo que vem, o título nacional, que é bastante importante – acrescentou.
Kuki e Náutico formam uma verdadeira história de amor. O ex-atacante não esconde emoção ao falar sobre o Timbu. Durante a entrevista, o ídolo alvirrubro fez questão de destacar a relação com clube, diretoria e torcida. Por tudo isso, ele encara a chance de uma grande e inédita conquista como forma de retribuir todo o carinho recebido.
– Tenho carinho muito grande pelo clube, fui muito bem recebido pelas pessoas, torcedores, fui bem acolhido… Procurei conhecer a história do clube ao longo dos dias para tentar fazer mais história, né? Viver mais o clube, o dia a dia, e é um casamento que deu certo. Ajudei a conquistar três títulos pernambucanos, tivemos o acesso em 2006, e eu procuro aproveitar da melhor maneira possível todos os meus dias aqui, pois sempre sonhei com isso. Quando eu era criança, lá em Roca Sales (cidade do interior do Rio Grande do Sul), eu sonhava em ser jogador de futebol. Dou muito valor ao lugar onde estou, procuro fazer do Náutico o melhor lugar do mundo, porque é daqui do trabalho que vem o meu sustento e pelo carinho que eu tenho pelas pessoas – finalizou.
Náutico e Sampaio Corrêa disputam o primeiro jogo da final da Série C do Campeonato Brasileiro neste domingo (29), às 16h (de Brasília), no Estádio dos Aflitos, no Recife (PE). O duelo da volta tem data marcada para o próximo domingo (6), no mesmo horário, no Castelão, em São Luís (MA).