A crise financeira que atinge gigantes do futebol não poupa clubes ditos menores no cenário do esporte. No interior do Estado do Rio de Janeiro, os jogadores do Goytacaz estão há meses sem receber.
“São três meses, abrindo para o quarto mês sem pagamento”, afirma o goleiro Adilson Júnior, que veio do Corumbaense (MS) e, sem receber, já acumula dívidas com o aluguel. “É uma situação delicada, os jogadores estão sendo despejados de suas moradias com família. A gente só tá cobrando o nosso direito”, reivindica, avisando que grupo Alvi- Anil decidiu que joga, neste sábado (7) contra o ADI, pela série B1 do Campeonato Carioca, mas depois não entra mais em campo, mesmo sob o risco de levar WO.
O presidente do Goytacaz, Dartagnan Fernandes, admite a delicada situação e o atraso de dois meses de salários de jogadores e comissão técnica. “Reconhecemos o direito deles e a diretoria está procurando a solução para o problema”, esclarece Dartagnan, destacando a dificuldade de conseguir patrocínio. “A gente não sabe como vai ser daqui há três anos, o futebol do interior do Rio”, disse,
A folha salarial do clube é de R$ 85 mil para pagar 29 jogadores e seis profissionais da comissão técnica. Fundado em 1912, o tradicional Goytacaz já revelou para o futebol brasileiro jogadores como Amarildo, atacante campeão do mundo em 1962 pela seleção brasileira.
Edição: Verônica Dalcanal