O governo federal lançou hoje (1º), na capital paulista, a primeira parte do Pró-Infra, a agenda de ações de logística, energia, saneamento básico, mobilidade urbana, telecomunicações e habitação popular do Ministério da Economia.
De acordo com o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Jorge Da Costa, as ações estão baseadas em três eixos principais: reduzir a participação do governo em projetos de infraestrutura; aumentar a presença da iniciativa privada; e fazer planejamento de longo prazo, estável e intersetorial com foco em eficiência econômica.
“Não é reduzir acabando com o gasto público, o investimento público em infraestrutura. Até precisamos reduzir mesmo, mas é aumentando muito mais o investimento privado”, disse o secretário.
De acordo com Da Costa, o governo busca uma utilização mais inteligente do recurso público, e um “grande salto” de investimento privado, “que em geral é investimento de melhor qualidade, mais bem gerido, mais eficaz, que traz mais tecnologia”.
“O que nós vimos nos últimos anos foi uma substituição de investimento privado em investimento público. Você aumentava o investimento público, ou dava mais crédito ao investimento público, ou dava mais crédito por conta do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] para obras que o setor privado já queria fazer”, disse o secretário.
Entre as metas previstas no Pró-Infra, estão elevar, até 2022, a atual posição do Brasil (81ª) para o 71º lugar no ranking de infraestrutura do Fórum Econômico Mundial, e aumentar o investimento anual em infraestrutura de 1,6% para 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB).
Crescimento do PIB
Da Costa estimou que o país poderá ter um crescimento do PIB superior a 4% caso venha a conseguir realizar as reformas estruturais, como a da Previdência e a tributária. “É factível até 2022, sim [o PIB crescer 4%]. Se nós conseguirmos aprovar a reforma da Previdência, o choque de investimento privado em infraestrutura, reforma do Estado, reforma tributária, o Programa Simplifica, e avançarmos com os vários marcos legais no programa Concorrência para a Prosperidade”, disse.
Edição: Nádia Franco