21:45 – 09/10/2019
FOTO: ROBERTO CARLOS/SECOM
Pescadores esportivos, operadores do trade de Turismo de Pesca Esportiva e técnicos do Governo do Estado debateram, nesta quarta-feira (09/10), sobre o ordenamento e as diretrizes sustentáveis para o desenvolvimento do setor no estado, durante a segunda edição do Workshop de Pesca Esportiva do Amazonas. O segmento turístico atrai para o Amazonas mais de 20 mil turistas de todo o mundo por temporada, o que gera uma movimentação financeira estimada em mais de R$ 100 milhões.
Conforme o presidente em exercício da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), Juvenal Filho, o debate serviu como laboratório para os técnicos do governo da iniciativa privada discutirem sobre como alçar melhorias no ordenamento da pesca esportiva, sobretudo nas alternativas para atrair ainda mais turistas para o Amazonas.
“O que se pode melhorar em relação a essa atividade de pesca no estado? Essa discussão é para que possamos, junto do governo e da iniciativa privada, ter um atrativo maior de turistas para o estado”, disse Juvenal.
Conservação – Para o secretário de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, o workshop é uma oportunidade para o debate entre os operadores, comunidades e técnicos, aliado à conservação ambiental.
“Nós trabalhamos com o ordenamento da atividade de pesca esportiva em Unidades de Conservação (UC), como, por exemplo, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, em Itapiranga. E é extremamente relevante, que, hoje, se configura como a principal renda das comunidades as atividades ligadas à pesca esportiva. Então, fazer o devido ordenamento, fazer a gestão eficiente para que os recursos cheguem às pessoas e seja de fato uma condição econômica na melhoria da qualidade de vida. É o que o Governo do Estado tem pautado nas ações de cada pasta e também na parceria que temos com a Amazonastur, para que a atividade possa trazer mais turistas para cá, divulgando as riquezas que o Amazonas tem, e, ao mesmo tempo, divulgar que é possível crescer a economia e conservar o meio ambiente”, comentou o titular da Sema.
Segundo o secretário Eduardo Taveira, após o workshop, uma carta-requerimento será entregue ao governador do Amazonas.
O diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, destacou que o órgão vem buscando regularizar as ações do setor para garantir o respeito aos aspectos ambientais.
“Nós estamos convictos de que a pesca esportiva é uma das saídas econômicas para o Estado do Amazonas. Por isso, o Ipaam, em conjunto com a Sema, tem entendido que as ações tem que ser para organizar o setor. Já fomos até Barcelos onde fizemos uma grande ação chamada de sensibilização e regularização do setor de pesca esportiva, atuando com as agências, barcos-pesqueiros, município. Esse esforço tem sido feito e o setor pode contar com o apoio do Ipaam”, disse.
O mediador do evento, o especialista em pesca esportiva, Kelven Lopes, reiterou que o workshop reuniu todas as partes envolvidas no setor para a construção de uma política pública ordenada da pesca esportiva no Amazonas.
“O workshop é uma construção conjunta entre as pastas governamentais, o trade de turismo de pesca, pescadores desportivos. Vamos discutir e construir a base de subsídios para políticas públicas de desenvolvimento da pesca esportiva, de uma maneira geral. E no encontro vamos extrair as principais necessidades para a construção da base de diretrizes de políticas públicos de desenvolvimento sustentável do turismo de pesca. É uma construção conjunta”, declarou o especialista.
Meca da pesca esportiva – Para Kelven, o tucunaré-açu, peixe mais habilidoso do Amazonas e o que mais atrai pescadores esportivas, torna o estado na meca da pesca esportiva.
“O estado do Amazonas é a meca, a grande referência para a pesca de tucunaré no mundo. O Rio Negro, que tem tucunarés de mais de 10kg, atrai bastante turistas. O estado tem uma visão ampla para desenvolver esse filão, extremamente importante, do ponto de vista do desenvolvimento socioeconômico, da geração de emprego e renda”, disse.
Atividade ordenada – O presidente da Associação dos Operadores de Barcos de Turismo da Amazônia (AOBT), Leonardo Leão, disse que o workshop norteia a pesca esportiva no estado, sobretudo pelo início do ordenamento da atividade que emprega mais de cinco mil pessoas no estado.
“O turismo de pesca esportiva no Amazonas precisa de um ordenamento para que a gente consiga, a partir daí, fomentar, desenvolver e ampliar o que já existe hoje. O que já existe hoje gera uma renda estimada em mais de R$ 100 milhões por ano, empregando muito mais que cinco mil pessoas diretas”, citou Leonardo.
O evento contou com a parceria das Secretarias de Estado do Meio Ambiente (Sema) e de Pesca e Aquicultura (Sepa), além do Ipaam.
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