16:04 – 11/10/2019
Foto: Lais Mota/FCecon
Com o objetivo de promover ações voltadas para se desenvolver a empatia no ambiente de trabalho e melhorar a comunicação entre funcionários, pacientes e acompanhantes, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) deu início, nesta quinta-feira (10/11), ao projeto “Anjos da Guarda”. A iniciativa contará com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Susam).
A primeira atividade de sensibilização foi a palestra “O poder da autorresponsabilidade”, ministrada pelas master coaches Kaori Nozara e Bruna Lima. Organizada pela Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEP/FCecon), a palestra contou com a presença de servidores da área de saúde, técnicos, administrativos, seguranças, estagiários e serviços gerais.
Os primeiros a receberem as atividades serão os funcionários dos setores de Urgência e 5º andar – local onde estão internados os pacientes em cuidados paliativos. Com o apoio dos serviços de Assistência Social, Psicologia, Segurança do Trabalho e Enfermagem, serão montados grupos de apoio nos quais serão aplicadas metodologias para aliviar o estresse e promover o autoconhecimento.
Segundo o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gerson Mourão, o projeto nasceu a partir da necessidade de se melhorar a abordagem do funcionário ao paciente e familiar. Ele pontuou que uma palavra dita em um momento inoportuno, ou a resposta a um questionamento de forma insensível, pode prejudicar o atendimento de um paciente que já está sensível.
“O paciente com câncer e o seu acompanhante são diferentes. Muitos se encontram em situação de vulnerabilidade social, emocional, psicológica e financeira. Há casos em que o paciente era o único mantenedor do lar ou o acompanhante exercia esse papel. Essa dinâmica afeta toda a estrutura familiar. Queremos que nossos funcionários coloquem-se no lugar do outro ao atender o paciente”, frisou Mourão.
A coordenadora do Departamento de Ensino e Pesquisa, enfermeira Júlia Mônica Benevides, enfatizou que a Urgência e o 5º andar foram escolhidos devido ao nível de estresse que os enfermeiros e técnicos estão expostos – pacientes debilitados e em estado terminal. Ela salientou que a dor do outro também causa sofrimento, por isso algumas pessoas adotam certas posturas para se proteger.
Dinâmica – As atividades serão realizadas a cada dois meses, informou Benevides, que explicou que serão montados grupos de apoio para a sensibilização dos enfermeiros quanto ao atendimento prestado durante o expediente. Ela destacou que as reuniões serão de no mínimo 30 minutos e no máximo uma hora, de forma que não interrompa a assistência ao paciente.
“A primeira palestra trabalhou a autorresponsabilidade. O próximo assunto que abordaremos é o processo de comunicação entre funcionários e pacientes. Iremos realizar dinâmicas que permitam que os colaboradores exponham seus sentimentos, focando no psicológico, social e na questão técnica”, destacou Benevides.
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