14:45 – 11/11/2019
FOTO: Divulgação/FCecon
As ações adotadas pela Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) para dar agilidade e melhorar o atendimento à população estão entre os temas do Fórum Norte de Políticas de Saúde em Oncologia, que começa nesta segunda-feira (11/11), das 8h às 18h, no Blue Tree Premium Manaus, localizado na avenida Jornalista Umberto Calderaro Filho, 817, bairro Adrianópolis, zona centro-sul.
Coordenado pela organização não governamental (ONG) Instituto Oncoguia, o Fórum debate as situações enfrentadas por pacientes com câncer que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e/ou da saúde suplementar na região Norte. Estão presentes, por exemplo, o diretor-presidente, mastologista Gerson Mourão; os diretores técnico-científico e de Ensino e Pesquisa, respectivamente, Marco Antônio Cruz Rocha e Kátia Luz Torres; e a médica ginecologista, Mônica Bandeira de Melo, todos da FCecon.
Gerson Mourão, Kátia Torres e Mônica Bandeira participam da mesa-redonda “Desafios no combate, controle e cuidados em oncologia na região Norte”. Na ocasião, segundo Mourão, vai ser debatida a lacuna de oito meses que existia entre os sintomas iniciais do câncer – quando há – até chegar à Fundação. “A situação foi sanada pelo mastologista, que tria e solicita os exames. Também contamos com a Enfermeira Navegadora, que atua como facilitadora e acompanha a realização dos exames”, pontua.
Com as melhorias implantadas, conforme Mourão, foi possível diminuir o tempo de espera para operar as pacientes do serviço de Mastologia de 60 para 30 dias. Ele ressalta que, a partir de fevereiro de 2020, também vai ser possível diminuir o tempo de espera do resultado da biópsia para três dias, com a chegada de um aparelho novo de ultrassom. “Iremos dar um salto no atendimento e resolutividade”, frisa.
Doença evitável – Kátia Torres salienta que a mesa-redonda também é uma oportunidade para discutir a epidemiologia – frequência e distribuição – e os números elevados de mortalidade no Amazonas do câncer de colo de útero, que é uma doença 100% evitável.
“Conhecemos as causas dessa doença e a forma de evitá-la. Precisamos fortalecer as ações de prevenção e de educação junto aos jovens, adolescentes e famílias. Esse trabalho precisa ser realizado em parceria com as Secretarias de Educação, ou seja, dentro das escolas”, lembra.
É preciso investir em prevenção, pontua Kátia Torres, uma vez que há experiências de diversos países de primeiro mundo que adotaram essa medida e mudaram a curva de mortalidade do câncer de colo de útero.
Vacinação – Para a médica ginecologista Mônica Bandeira, é preciso resgatar a cobertura vacinal contra o Papilomavírus humano (HPV) – responsável pelas lesões precursoras de câncer de colo de útero – nas escolas do Amazonas, em esquema de rodízio, uma vez que contamos com sete distritos.
“Dessa forma, não haverá prejuízo para o quantitativo de profissionais vacinadores, que são os responsáveis por todos os tipos de vacinas nos postos de saúde durante o ano. Essa abordagem é perfeitamente possível e necessária. Afinal, a vacina contra o HPV é a prevenção primária contra esse tipo de câncer. É imprescindível que a adesão a essa ferramenta seja alavancada. Precisamos promover a vacinação de meninas, entre 9 e 14 anos, e de meninos, entre 11 e 14 anos”, alerta a médica especialista.
Tratamento – À tarde, às 13h30, Marco Antônio Rocha vai participar da mesa-redonda “Desafios do acesso a um tratamento rápido, atual e de qualidade”.
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