Foi aberta hoje (1º), no Centro de Visitantes do Monumento Estácio de Sá, no Parque do Flamengo, zona sul da capital fluminense, a exposição Vivências, que reúne obras de moradores de baixa renda assistidos pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Rosani Cunha, que atende comunidades do entorno de sua sede, em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro.
O professor Elias Oliveira, curador do Monumento Estácio de Sá, elogiou o Cras Rosani Cunha por ter um trabalho que socializa as pessoas por meio da arte. É a segunda vez que o monumento expõe trabalhos de pessoas atendidas pelo centro. Na primeira vez, foram exibidos trabalhos só de senhoras. “Desta vez, é um trabalho produzido por crianças e jovens de 6 a 17 anos de idade, além de idosas na faixa de 80 anos a 85 anos de idade”.
O trabalho é focado nas questões sociais, envolvendo o que as crianças e jovens sentem na comunidade onde vivem; a questão do direito ao esporte, ao lazer, à cidadania como um todo, que falta para eles. “Eles expressaram isso por pinturas. Está fantástico, tudo coloridíssimo, lindo demais”, celebrou Oliveira.
Já as idosas prepararam galhardetes em crochê falando de transplantes, de recuperação de doenças como o câncer, de quimioterapia, de necessidades que as comunidades delas têm. “É um trabalho muito interessante, onde colocam as vivências delas através da arte”.
Foram utilizados pelos artesãos para contar suas vivências papel cartão, papel Panamá e telas de pintura. “Foi muita criatividade, muito amor envolvido no negócio. Sou curador do espaço há dez anos e estou encantado com o trabalho deles”, disse.
A exposição ficará aberta à visitação até o próximo dia 15, de terça-feira a domingo, no horário de 9h às 17h, com entrada gratuita. Os trabalhos expostos não são comercializáveis.
Edição: Fernando Fraga