O acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao tratamento do câncer de mama são os principais pontos debatidos em evento que reúne especialistas de vários estados do Brasil na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), nesta sexta-feira (27) e sábado (28/09).
O evento “O cuidado à mulher com câncer de mama: colaborando para melhores resultados” reúne médicos patologistas, mastologistas, oncologistas clínicos e radioterapeutas de Manaus, São Paulo e Rio de Janeiro, e tem também como foco a troca de experiências. Realizado pelo Laboratório Roche e pelo Hospital Pérola Byington, de São Paulo, o evento prossegue no sábado (28/09), a partir das 8h, no Hotel Intercity, na zona centro-sul de Manaus.
Segundo o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gerson Mourão, é um momento importante para a troca de experiências com os especialistas do Amazonas e de fora do estado, além de esclarecer que a realidade regional é totalmente distinta do restante do Brasil.
“Apesar do SUS ser universal, percebemos que existem localidades aonde o sistema não consegue chegar. O interior do Amazonas é um exemplo. O acesso por via fluvial às comunidades mais distantes são entraves que precisam ser superados, uma vez que o perfil da mulher que faz tratamento contra o câncer de mama na Fundação é do interior”, informou Mourão.
Experiências – A troca de experiências entre instituições que atendem o serviço público, com apresentações e discussões de casos clínicos, é uma das tônicas do encontro.
“Mostrar que podemos ser mais eficientes com menos dinheiro, com menos equipamentos, aumentando a agilidade, principalmente em relação àquelas mulheres com mais de 40 anos, que realmente apalpam o caroço na mama e às vezes levam vários meses para saber se é benigno ou maligno”, disse o mastologista e diretor do Hospital Pérola Byington, Luiz Henrique Gebrim.
Está prevista, inclusive, para o início do mês de outubro a ida de mastologistas da FCecon ao Hospital Pérola, em São Paulo, para um intercâmbio com o curso de diretrizes de custos em saúde.
Integração e saúde primária – Outro ponto do encontro é mostrar que a conexão entre equipamentos de diagnóstico, como a mamografia, o treinamento dos médicos e a integração de oncologistas clínicos, cirurgiões e radiologistas leva a bons resultados.
É ainda essencial a integração e participação de médicos da saúde da família, os primeiros a receber mulheres com queixas de nódulos nas mamas. “São eles que vão dar o primeiro sinal de alerta”, salienta Gebrim.
Neste sábado, o evento continua no Hotel Intercity com o curso de diretrizes diagnósticas e terapêuticas da saúde da mulher, com temas da ginecologia, mastologia e doenças sexualmente transmissíveis. O curso neste dia é voltado à atenção primária e secundária.