Pia Sundhage estreia no comando da seleção feminina nesta quinta-feira (29), às 21h30 (de Brasília), contra a Argentina, no Pacaembu, em São Paulo. A técnica sueca é acostumada a clássicos entre países que dirigiu, como a própria Suécia e os Estados Unidos, e vive a expectativa de conhecer uma das maiores rivalidades do futebol mundial.
“Estou ansiosa. Toda seleção tem um adversário especial. Estados Unidos e Canadá, Suécia e Noruega… E, claro, Brasil e Argentina. Eu diria que sou sortuda. Então, obrigada!”, disse, em entrevista coletiva.
Pia conversou com os jornalistas com ajuda de um tradutor. A técnica ainda não domina completamente o português. Em meio a gestos, assobios e aplausos, o bate-papo com as jogadoras e a comissão, por enquanto, é todo em inglês. Ou quase, já que ela, aos poucos, aprende as expressões comuns usadas em campo.
“Falar ‘sobe’, por exemplo, é importante na orientação da defesa. Essa eu já sei (risos)”, brincou. “São muitas coisas acontecendo e quero estar preparada para os jogos. Então, o inglês ainda é mais confortável para mim. Muitas das nossas jogadoras entendem e temos uma ótima equipe de apoio e tradução. Logo estarei falando português com vocês, eu prometo. É difícil, preciso é estudar, claro. Mas, acho que estamos indo muito bem”, completou.
A satisfação se estende ao que Pia viu nos três dias de trabalho com as convocadas em São Paulo. A técnica, porém, acredita que há margem para melhora — por exemplo, no ataque.
“O último passe do time brasileiro é interessante. O que desejo é incluir maneiras diferentes de se chegar na área. O cruzamento para trás é uma dessas maneiras. Vamos dizer que você está fora da área. Há opções para o passe, mas também se pode usar a linha de fundo. Na Copa do Mundo, o Brasil não fez muito isso. É algo que gostaria de acrescentar para tornar o ataque da Seleção mais difícil de ser defendido”, explicou.
O duelo que marca a estreia de Pia é válido por um torneio amistoso disputado no Pacaembu e reúne também Chile e Costa Rica, que se encaram às 19h (de Brasília), também desta quinta-feira. Quem ganhar, decide o título no domingo, às 13h (de Brasília), contra o vencedor de Brasil e Argentina.
Edição: Verônica Dalcanal