Felicidade, realização e satisfação. Temas pouco debatidos, mas fundamentais para preservar a saúde mental do indivíduo e prevenir doenças como depressão e ansiedade, além de combater o suicídio. Em setembro, monumentos em diferentes cidades adotam a cor amarela em suas fachadas e diversas ações são promovidas no Setembro Amarelo, que tem intuito de dar visibilidade à causa e conscientizar as pessoas ao redor do mundo sobre a vida e que o suicídio pode ser evitado.
A Secretaria da Educação não fica de fora, e na primeira de muitas ações do mês, promoveu um encontro nesta terça-feira (03) com diversas escolas estaduais sobre o tema. Foram duas palestras, que dissertaram sobre temas como suicídio juvenil, fatores de risco e a importância da escola e do professor para conscientizar e educar sobre o tema.
“A intenção neste mês de setembro é propagar as boas práticas e trazer mais conhecimento sobre o tema para que a rede possa avançar nesta causa. É um dever de todos ter conhecimento e falar abertamente sobre isso”, explica o secretário executivo Haroldo Rocha, que abriu o evento.
O tema vem ganhando importância num momento no qual se discute o avanço das redes sociais e do bullying como fatores de desequilíbrio da saúde mental do indivíduo. “O bullying é um dos principais fatores que desencadeiam de depressão, porque ele fere a integridade do indivíduo e tira seu sentimento de pertencimento”, explica a Prof. Dra. Lúcia Silva. Segundo dados da BBC Brasil, a taxa de suicídio entre jovens de 15 a 29 anos aumentou 27,2% no Brasil, entre 1980 e 2014. “São números maiores que mortes causadas por conflitos e guerras”, diz a professora.
Várias escolas na rede estadual promovem projetos para dar voz aos jovens e combater os comportamentos de risco. Na Escola Estadual Margarida Pinho Rodrigues, de São Vicente, o programa “Estação Amizade” realiza rodas de conversa, com duração de uma hora, para os jovens promoverem autoconhecimento e trocarem experiências. Eles também são convidados a fazer um diário de bordo, ajudando que muitas vezes é tímido e não quer se expor. “O suicídio é sempre consequência do problema, e para isso precisamos sempre buscar as causas e agir nela, como esse projeto faz”, explica Daniel Silva, estudante presidente do Grêmio Estudantil da Unidade.
Já na Escola Estadual Elísio de Oliveira Neves, em Guarulhos, palestras foram realizadas sobre o depressão e suicídio, além de uma peça de teatro sobre o tema . “Os estudantes escolheram o tema e pesquisaram a respeito. Essa é uma questão que não podemos nunca de deixar de falar e debater”, ressalta a diretora Silvia Fernandes.
Ao longo do mês, a Educação irá divulgar várias outras boas práticas e projetos na rede estadual.