Líder nacional na produção e comercialização de medicamentos, a EMS projeta um volume de negócios de R$ 15 bilhões em 2019, com foco nos genéricos de alta complexidade – que representam 33% da operação. Sustentada especialmente por essa categoria, a farmacêutica tem como meta ampliar em 10% o faturamento e chegar à casa dos R$ 5 bilhões.
Para este ano, a companhia prevê 11 lançamentos na área, entre anti-hipertensivos, anti-inflamatórios e contraceptivos, sendo três genéricos inéditos. Esses novos produtos deverão atingir uma participação de 4% no faturamento da unidade e beneficiar mais de 24 milhões de pacientes por ano. Para a promoção desse pipeline, R$ 50 milhões serão especificamente destinados a campanhas de marketing.
“Ao longo de 2019 serão disponibilizadas mais de 240 milhões de caixas de medicamentos genéricos, 30 milhões a mais que em 2018. Outra vantagem será a apresentação de 30 comprimidos por caixa, o que cobrirá o período mensal dos tratamentos clínicos”, pontua Aramis Domont, diretor comercial da unidade de genéricos.
Com 500 apresentações de produtos, a EMS detém o maior portfólio de genéricos da indústria farmacêutica, abrangendo 96% das classes terapêuticas e 64 mil pontos de venda em território nacional. No ano passado, lançou duas novas moléculas – o Anastrozol e o Metilfenidato, primeiro medicamento da categoria voltado ao tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade – TDAH.
De acordo com indicadores da IQVIA, a farmacêutica comercializou ao varejo 587 milhões de unidades de medicamentos nos últimos 12 meses até abril deste ano, volume 35% superior ao da segunda colocada.
Takeda
Fontes do setor indicam que a EMS é a favorita para adquirir os ativos latino-americanos da Takeda, cujo processo de venda está na fase final. A farmacêutica japonesa avalia em US$ 1 bilhão o valor desses ativos, que incluem no Brasil marcas como Dramin, Eparema, Nebacetin e Neolsaldina. Reckitt Benckiser e a uruguaia Megalabs também estariam na concorrência, mas com menos probabilidades.
A estratégia da Takeda é reduzir sua dívida após a compra da Shire por US$ 59 bilhões. A EMS estaria mais bem cotada por ter comprado no ano passado o laboratório Multilab, então controlado pela companhia asiática.