O deputado Dermilson Chagas (PP) entrará com uma ação no Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), para que seja investigado um contrato – com dispensa de licitação – feito pelo Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Estado da Juventude e Lazer (Sejel), no valor de R$ 4.254.448,00 para empresas de “fachadas” organizarem os 42º Jogos Escolares do Amazonas (JEAs 2019) realizado nesse mês de julho.
De acordo com o projeto básico apresentado pelo parlamentar, o valor global foi divido para as três empresas. A A.G DA Gama Lopes recebeu R$ 872.500,00 para oferecer alimentos aos estudantes atletas, o Instituto Rio Negro foi contratado por R$ 901.788,00 para organização dos jogos, e a Parintur Hotel e Turismo recebeu R$ 2.480.160,00 para fornecer deslocamento e hospedagens dos participantes.
Só que o problema dessas empresas, segundo Dermilson é que várias irregulares foram encontradas após investigações, como a A.G da Gama Lopes que no seu Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), consta que a sua principal atividade é com Comércio Varejista de Vidros e não com alimentação. “Além disso, o endereço que consta no CNPJ é um local estranho. Na frente há uma espécie de taberna, que não funciona mais, e ao lado, tem uma espécie de quitinete. Moradores afirmaram que o suposto dono, mora na rua, mas em outro imóvel, e que em nenhum dos lugares, a empresa aparenta estar funcionando. Portanto, tem algo errado nesse processo”, questiona.
Sobre o Parintur Hotel e Turismo, Dermilson diz que ligou para vários prefeitos do interior do Amazonas para saber se o Estado cobriu os custos das viagens dos atletas para capital para participarem dos jogos e muitos afirmaram que a própria prefeitura que ficou responsável pelas despesas. “Quase todos pagaram as viagens, e no projeto básico, essa empresa recebeu justamente para esse tipo de serviço. Isso pra mim só cheira uma coisa, roubo”, salientou.
Com relação ao Instituto Rio Negro, Dermilson disse que foi três vezes no local em horário de funcionamento para pedir informações sobre a contratação, mas o imóvel sempre estava fechado. “Pessoas que trabalham em uma empresa de exames no mesmo, não souberam responder se a empresa funciona. Um absurdo, cada dia que passa, nós vemos mazelas e mais mazelas desse Governo. Mais uma vez irei entrar com uma ação no Ministério Público do Estado para que se investigue isso, já está demais. Isso precisa acabar”.
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