A Polícia Militar do Amazonas (PMAM), por meio do 8º Batalhão de Tabatinga (a 1.105 quilômetros da capital amazonense), está fortalecendo as ações de patrulhamento nas comunidades indígenas, em parceria com as populações tradicionais. Nas comunidades Umariaçu 1 e 2, o trabalho é realizado com um grupo de indígenas voluntários.
Denominado de Segurança Indígena Comunitária do Umariaçu (Sicum), o grupo auxilia no patrulhamento do local e desenvolve outras atividades, sob a coordenação da Polícia, conforme o comandante do 8º Batalhão, tenente-coronel Nilo Correa.
“Normalmente, eles começam a atuar de quinta-feira até domingo dentro da comunidade. Eles fazem um patrulhamento a pé, se organizam, se equipam. Lá eles têm bastão, que utilizam para defesa deles e, detectada alguma situação irregular, são orientados então a nos acionar. A viatura vai lá e dá o apoio, então quando eles sabem de alguma irregularidade, eles acionam a Polícia Militar”, disse.
Ainda conforme o comandante, no local, existe um posto chamado “Parada Ticuna”, onde os detidos ficam provisoriamente aguardando a chegada da PM. Quando a Polícia já está no local, o detido é levado pelos próprios policiais militares à Delegacia Interativa da Polícia Civil para serem adotadas as medidas legais.
“Eles atuavam de forma irregular, pois não tinham o conhecimento da nossa lei. Então, às vezes, cometiam certos abusos dentro da comunidade. Foram orientados dessa forma para minimizar essas questões dos abusos eventuais que eles pudessem cometer”, disse Correa.