Os 51 anos de atuação das comunidades terapêuticas que oferecem tratamento para dependentes químicos no Brasil foram celebrados com uma sessão solene realizada na Câmara Municipal de Manaus, proposta pelo vereador Elias Emanuel (PSDB). Para celebrar a data, foi concedido o título de Cidadã de Manaus a Josani Pírangy, que atua diretamente no combate as drogas na cidade. Também foram entregues diplomas de honra ao mérito a 35 pessoas de instituições que colaboram com o movimento.
Josani Oliveira Pírangy possui mais de 30 anos dedicados à recuperação de dependentes químicos no programa Desafio Jovem, localizado no bairro de Petrópolis, zona Sul. O local oferece abrigo as pessoas em situação de vulnerabilidade social, muitas delas moradoras de rua ou adictos, que são frequentemente expostas à exclusão social.
Uma das principais alternativas de tratamento são as comunidades terapêuticas, onde os usuários podem fica em regime de internação. Essas instituições completam esse ano, 51 anos de serviço no Brasil, sendo o projeto Desafio Jovem o pioneiro, fundado na cidade de Goiânia, em 1968. De lá para cá, mais de 7 mil pessoas receberam auxílio da instituição.
Apesar de não possuir nenhum histórico de uso de drogas dentro da família, Josani disse que aos 18 anos recebeu o chamado e decidiu seguir seu coração. Ao ser questionada sobre como ela enxerga essa vocação, respondeu que há um sentimento de completude. “Eu comecei algo, impactei a vida de alguém e esse alguém mudou por causa de um sonho, desejo, serviço, amor, cuidado, então saber que de que alguma forma eu pude ajudá-los é algo que deixa a gente muito feliz”, disse Pírangy.
O propositor da solenidade, Elias Emanuel, parabenizou Josani pela dedicação ao trabalho humanitário realizado na cidade de Manaus. “O Brasil tem hoje 1.800 comunidades terapêuticas, e o Norte do Brasil tem apenas 7,37% dessas comunidades, quando a gente concede essa Medalha de Cidadã de Manaus para a Josani, nós estamos justamente dando luz, visibilidade a esse trabalho”
Flávio Chagas de Oliveira, 60 anos, se envolveu com as drogas aos 14 anos e entrou no Desafio em 2004 e afirma que se não fosse o programa ele não teria sobrevivido até dezembro daquele ano. “Eu era aquele tipo de drogado que inclusive os familiares diziam que nem a morte daria jeito e eu aprendi que qualquer ser humano tem jeito, tem condições de mudar de vida como eu mudei, não é fácil, a batalha é diária, mas eu digo sempre que não podemos desistir”, finaliza.
Texto: Assessoria do vereador Elias Emanuel
Foto: Robervaldo Rocha – Dircom/CMM
Edição: Francismar Lopes – Dircom/CMM
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