Estudantes da rede pública que não alcançaram a proficiência desejada para a série que cursam terão aulas de reforço em língua portuguesa e matemática. A resolução Reforço e Recuperação foi lançado em evento nesta terça-feira (06), na Secretaria da Educação, com a presença de diversas autoridades e diretores de ensino.
O projeto é composto por um conjunto de ações que focam na melhoria da aprendizagem de conteúdos que impactam diretamente em habilidades cognitivas e interpretativas para o segmento das aulas. O programa é direcionado para estudantes do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio nas escolas normais, e para todos os estudantes nas chamadas escolas especializadas.
“Nós temos uma visão à longo prazo para a Educação, com projetos básicos que nos permitem alcançar as metas estabelecidas. Um dos projetos é a gestão de aprendizagem e dentro dele está a recuperação na aprendizagem dos alunos”, disse o coordenador da Coordenadoria Pedagógica, Caetano Siqueira.
Os reforços acontecerão durante as aulas regulares. Serão quatro aulas por semana, sendo dias de língua portuguesa e duas de matemática. A ideia é que agosto e dezembro sejam os meses de “ensino intensivo”, com aulas dinâmicas que sigam uma nova metodologia: serão dois professores em sala, um professor regente e um professor de projeto. Juntos, eles devem organizar situações diversificadas de aprendizagem, com grupos de estudantes que tenham necessidades semelhantes e possam trabalhar de forma colaborativa.
Assim, o avanço dos estudantes é contínuo e igual, sem arestas ou déficits de aprendizagem na turma. “Queremos que a aprendizagem seja uniforma nesse período da recuperação. Por isso, os professores terão a missão de pensar em soluções criativas que ataquem os principais conteúdos que não foram aprendidos, mas sempre olhando para a necessidade do grupo”, pontua o secretário executivo Haroldo Rocha.
O projeto é mais uma iniciativa na esteira do Inova Educação, nova política educacional de São Paulo que entra em vigor a partir de 2020. Com a introdução de novos tempos escolares, a aprendizagem uniforme dos chamados conteúdos básicos é fundamental para que o processo de ensino dos estudantes possa alcançar as diversas competências pretendidas pela Educação.
“O projeto foi elaborado lembrando de coisas fantásticas que já acontecem na rede. Queremos valorizar os professores que já atuam em projetos de recuperação ao fim do semestre e aproveitar as boas ideias e espalhá-las para toda a rede. É nosso dever liderar os índices de educação assim como lideramos os de economia.
Processo de atribuição
Para participar do projeto é preciso que o professor passe por um processo de atribuição de aulas e as escolas elaborem projetos de recuperação visando as necessidades dos estudantes da unidade. Esse plano deve ser enviado para a Diretoria de Ensino, na figura do supervisor de ensino, até o dia 23 de agosto. Uma vez validado, a escola tem até o dia 16 de setembro para fazer o processo de atribuição de aulas e até o dia 13 de dezembro para finalizar o projeto. Caso não tenha aulas na escola, o professor participa da atribuição na Diretoria de Ensino.