Destaque nas vitórias sobre Colômbia e Chile, em amistosos disputados no Pacaembu, em São Paulo, Matheus Cunha vive a expectativa de defender o Brasil no torneio pré-olímpico do futebol masculino, em janeiro. A competição não será disputada na chamada “data Fifa”. Fora desse período específico, que é reservado para jogos entre países, os clubes não têm obrigação de liberar os atletas às seleções. Apesar disso, o atacante acredita em um consenso entre seu time, o RB Leipzig, da Alemanha, e a CBF.
“Eu sempre falo que vestir a camisa da seleção é o mais importante para mim. É o que sempre penso, que sempre busquei desde pequeno. Graças a Deus, as oportunidades estão chegando. Infelizmente, não parte só do atleta. Eu, particularmente, tenho muita vontade de estar aqui. É algo que os diretores estarão conversando. No meu papel, estarei pedindo (para jogar o Pré-Olímpico)”, disse o jogador, que participou diretamente dos cinco gols brasileiros nos amistosos, marcando três gols.
Natural de João Pessoa (PB), Matheus foi revelado no Coritiba, mas não chegou a atuar no profissional. Em 2017, foi vendido com o Sion, da Suíça, e desde a temporada passada defende o RB Leipzig, que o contratou por 15 milhões de euros (R$ 68,2 milhões na cotação atual). Pelo time alemão, fez 40 jogos, com nove gols e duas assistências, participando da campanha que levou a equipe ao terceiro lugar da Bundesliga, garantindo vaga na edição atual da Liga dos Campeões.
Durante a Brasil Futebol Expo, em São Paulo, o diretor global da Red Bull (e ex-técnico do Leipzig), Ralf Rangnick, apresentou imagens detalhando o estilo de jogo do clube alemão, com a marcação exercida pelos atacantes nos jogadores de defesa adversários. Filosofia que Matheus espelhou nas duas partidas em São Paulo. Na última quinta-feira (5), ele forçou o erro do goleiro colombiano e a bola sobrou para Pedrinho abrir o placar da vitória brasileira por 2 a 0. Já na segunda (9), o centroavante pressionou a zaga e aproveitou para fazer o segundo de seus gols no 3 a 1 diante do Chile.
“É uma mentalidade (de jogo) que é igual em todos os times do RB. Então, acredito que a gente possa agregar ao grupo. O André Jardine (técnico da seleção olímpica) me pede muito isso. É uma coisa que eu já faço dentro do clube, então fica mais fácil fazer aqui. Graças a Deus, tenho conseguindo trazer coisas boas para cá e elas vêm dando certo”, comemorou.
A seleção olímpica volta a jogar em outubro, ainda sem data definida — segundo a CBF, os amistosos serão, possivelmente, em Recife e Natal contra Venezuela e Japão. Em novembro, o time disputa um torneio amistoso na Espanha, contra Argentina, Estados Unidos e Chile.
Edição: Verônica Dalcanal