Justiça paulista decretou a prisão preventiva de todos os identificados; quatro já foram detidos e dois seguem foragidos
A Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), identificou seis pessoas envolvidas no roubo de quase 720 quilos de ouro, ocorrido no último dia 25, em Guarulhos. O grupo teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, sendo que quatro já estão presos e dois continuam foragidos.
As informações foram divulgadas nesta terça-feira (6), durante entrevista coletiva concedida pelos delegados Pedro Ivo Corrêa e João Carlos Miguel Hueb, da 5ª Delegacia, e Rogério Luiz Marques, da 3ª Delegacia, ambas da Divisão de Investigações sobre Furtos, Roubos e Receptações de Veículos e Cargas (Divecar).
“Trata-se de uma organização criminosa especializada, que se encontra no nosso radar de investigação. Tínhamos duas linhas de investigações, dos criminosos para o crime e vice e versa, que permitiram a identificação de alguns integrantes”, relatou Corrêa. A Polícia Civil apura a participação de 14 criminosos ao todo.
Três deles já haviam sido presos no início das investigações e na última sexta-feira (2), durante diligência no Guarujá – o quarto suspeito foi detido. “Paralelamente, achamos o local em que as falsas viaturas foram produzidas (um estacionamento na zona leste da capital) e identificamos o proprietário, que está foragido”, explicou o delegado.
De acordo com a polícia, os suspeitos identificados são mentores e alguns deles fazem parte do núcleo operacional da quadrilha. Ainda segundo o delegado Pedro Ivo Corrêa, o grupo é uma ramificação de uma organização maior com suspeita de participação em outros roubos. Diligências prosseguem em andamento.
Entenda o caso
Na tarde do dia 25 de junho, um grupo de criminosos invadiu o terminal de cargas do aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, e roubou 718,9 quilos de ouro. De acordo com o delegado que preside o inquérito, a ação foi planejada durante bastante tempo, inclusive com outras tentativas já realizadas.
Para isso, os ladrões cooptaram um representante da empresa transportadora da carga, que aceitou participar mas depois criou empecilhos para continuar ajudando no assalto. Por isso, um dia antes os criminosos renderam sua família, com o intuito de forçá-lo a cumprir o combinado. No dia do assalto, chegaram no local em duas caminhonetes clonadas da Polícia Federal com o pretexto que realizariam uma inspeção contra tráfico de drogas.
Depois da ação criminosa, o grupo fugiu e realizou uma primeira parada na zona Leste, onde passaram o ouro para outras duas caminhonetes. Na sequência, realizaram outro transbordo e fugiram em um veículo ainda não identificado. A família do funcionário e o mesmo foram soltos logo após o término da ação criminosa.