Desde cedo, Davi aprendeu muito sobre o Corinthians com o pai, o ex-atacante Tiba. No fim de semana do dia dos pais, quer presentear quem tanto lhe ajudou
Não é de hoje que o Corinthians está na vida de Davi. Goleiro do Timão, o arqueiro entra em campo neste sábado para a ida da final do Campeonato Brasileiro Sub-17, contra o Flamengo, no Pacaembu. Mas a história entre Davi, sua família e o Corinthians começou a ser escrita há mais de 20 anos.
O ano era 1996 e o Corinthians precisava de um reforço para o ataque. Foi até a Portuguesa e contratou Tiba. O atacante aparecera para o mundo do futebol seis anos antes, quando ainda vestia a camisa do Bragantino. Foi dele o gol que deu o título do Campeonato Paulista ao Bragantino, em 1990.
Sua passagem pelo Timão não foi das mais marcantes. Vítima de uma séria lesão no joelho, não conseguiu mostrar seu melhor futebol e acabou pouco utilizado pelo clube. Mas foi o suficiente para aprender bastante sobre o time. Atualmente, o legado de Tiba está representado pelo jovem Davi, goleiro do sub-17 do Corinthians, que ouve desde cedo sobre como seria atuar no clube.
Davi (à esquerda) com a sua família. Ao centro, o pai, Tiba.
Créditos: Instagram Davi Guedes
– Ele jogou aqui no Corinthians por dois anos, tem seu nome na história do clube. E agora é minha chance de escrever o meu também. Sempre me disse que era um time de muita raça. Que a torcida era fantástica, que seria muito difícil, porque era um dos maiores clubes do Brasil – destacou Davi, em entrevista ao site da CBF.
A presença de Tiba foi fundamental para a trajetória de Davi no futebol. Mesmo jogando em uma posição completamente diferente da do pai, o goleiro ouve atentamente a cada conselho que ele lhe dá. Após os jogos, mesmo quando o pai não consegue acompanhar in loco, eles trocam mensagens. Sempre que pode, Tiba também arrisca uns chutes contra o filho, que garante: passa muito mais dificuldade contra ele do que contra os atacantes de sua categoria.
– Meu pai sempre me apoiou, sempre esteve ao meu lado, me ajudou nas decisões que eu tomei. Depois dos jogos eu sempre pergunto: “E aí, pai? Como que foi?”. Ele me aconselha, não me deixa ficar cabisbaixo, quer me ver em cima, feliz. Pra defender, provavelmente o chute do meu pai (é o mais difícil). O cara já era profissional, sabe todas as táticas (risos) – lembrou.
Apesar de tudo o que o pai lhe passa, cada capítulo da carreira do jovem goleiro é escrito com o nervosismo característico dos iniciantes. Do alto de seus 16 anos, sonha acordado com a chance de ser campeão pelo Corinthians. Esta é a primeira edição do Campeonato Brasileiro Sub-17 e ganhar um título nacional mexe com qualquer menino:
– Ser campeão pelo Corinthians seria um sonho. É a primeira edição e ser campeão, escrever seu nome na história do Brasileiro Sub-17 é uma sensação única. Nunca imaginei, nem eu mesmo sabia que poderia estar aqui.