Entre janeiro e maio deste ano, a cada 24 horas, em média, seis idosos foram vítimas de ameaças e injúrias em Manaus. Relacionados a conflitos no ambiente familiar, os crimes registraram crescimento de 37,3% no período, na comparação com o ano passado. De janeiro a maio, a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Idoso (DECCI), da Polícia Civil, registrou 964 ocorrências dos dois tipos de crime, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).
Segundo a delegada adjunta do Idoso, Ana Cristina, brigas de família estão na origem da maioria dos casos registrados na Delegacia. “Assim como nos demais crimes contra o idoso, infelizmente, na maioria das vezes o autor ou autora é algum familiar ou pessoa próxima da vítima”, afirma.
Para que esses casos não ultrapassem o campo da ameaça, e cheguem a uma possível agressão física ou outro tipo de violência mais grave, a autoridade policial indica que seja registrado um boletim de ocorrência. Com isso, a unidade policial aciona a rede de proteção, para uma assistência ao idoso, e pode abrir um inquérito para investigar a denúncia.
“O idoso deve procurar a delegacia mais próxima de sua residência ou a Delegacia Especializada de Crimes Contra o Idoso para fins de registro de ocorrência. Caso a vítima tenha interesse em representar criminalmente contra o autor, a autoridade policial irá instaurar o procedimento policial e, após as investigações, encaminhar à Justiça”, explica.
Nos casos das idosas vítimas de ameaça, é possível solicitar medida protetiva com base na Lei Maria da Penha. “Em se tratando de ameaça em âmbito familiar e sendo a vítima mulher, esta pode ainda solicitar a medida protetiva de urgência por meio da autoridade policial”, ressalta Ana Cristina.
Indicadores – Os casos de injúria registraram o maior aumento. De janeiro a maio deste ano foram 463 ocorrências, um crescimento de 74% comparado ao mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 266 ocorrências.
As ameaças também registraram crescimento. De janeiro a maio, foram 501 casos notificados na unidade policial, o que representa aumento de 15%, em comparação com os 436 casos do mesmo período de 2018.