Cozinhas Comunitárias oferecem alimentação, educação e cidadania
A Política de Segurança Alimentar e Nutricional na cidade de Manaus tem sido reforçada com o compromisso no combate à fome junto à população em condição de vulnerabilidade social e econômica. Atualmente, a Prefeitura de Manaus conta com seis cozinhas comunitárias nos bairros Educandos, Colônia Oliveira Machado, Colônia Antônio Aleixo, Santo Agostinho e Vila da Felicidade – Ceasa.
Os equipamentos socioassistenciais são administrados pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), em parceria com instituições da sociedade civil e privada, e garantem alimentação balanceada a crianças, adolescentes, adultos e idosos referenciados nos espaços.
O almoço é servido de segunda a sexta-feira, a partir das 11h, e o cardápio possui acompanhamento nutricional. O usuário tem acesso a proteína, arroz, feijão, saladas, suco e, algumas vezes, sobremesa. São 1.200 refeições servidas ao dia, para a população que restaura sua energia nas cozinhas.
Para a secretária da Semasc, Conceição Sampaio, o quantitativo demonstra que o Executivo municipal cumpre o trabalho de garantir um dos direitos básicos do ser humano, que é a alimentação para quem realmente precisa.
“É uma alegria perceber que a prefeitura desenvolve um trabalho de extrema importância nas comunidades carentes da cidade. Essa é uma recomendação do prefeito Arthur Virgílio Neto, de executar a Política de Segurança Alimentar e Nutricional com qualidade e excelência, na prestação do serviço à população”, pontuou a secretária.
Balanço
Em 2018, foram servidas mais de 175 mil refeições aos usuários e, no primeiro trimestre de 2019, quase 45 mil pessoas foram atendidas. As cozinhas comunitárias contam com uma equipe multiprofissional. Além do cuidado com a alimentação balanceada, também promovem a cidadania dos usuários, por meio da emissão de documentos, oficinas, cursos e palestras.
A dona de casa Linês Pereira teve uma mudança radical de vida depois de conhecer a cozinha comunitária do bairro Santo Agostinho. “Antigamente eu passava necessidade na minha casa, a cozinha comunitária mudou a minha vida. Às vezes, não tinha comida para dar aos meus filhos. Desde que passei a frequentar o espaço, pude fazer cursos e criei minha fonte de renda. Eu quero que esse trabalho cresça bastante para ajudar mais pessoas”, relatou emocionada.
O empreendedorismo também é fomentado com os usuários das cozinhas comunitárias. Só nesse primeiro trimestre, os usuários tiveram oficinas voltadas à área da alimentação, como cursos de produção de salgados, doces finos, trufas e ovos de Páscoa.
O jovem Felipe Soares é um exemplo de sucesso do trabalho desenvolvido nas cozinhas comunitárias. “É maravilhoso estar aqui e adquirir conhecimento. Sempre que posso, participo dos cursos. Depois que estive nas capacitações, produzo meus salgados e doces para vendê-los”, falou.
Direito ao benefício
Para ter acesso ao programa, o usuário passa por um processo simples de cadastramento, o qual consiste em ir somente com um documento com foto nas cozinhas comunitárias, estar em situação de vulnerabilidade social e ser residente nas comunidades próximas aos espaços.
Inclusão
A alfabetização de crianças e idosos também é proporcionada pelo programa, que realiza o acompanhamento e cronograma pedagógico dos alunos. Neste primeiro trimestre, foram realizados jogos de dominó com os idosos e atividades socioeducativas, em parceria com a Escola de Lutheria da Amazônia (Oela).
“Algumas pessoas não sabiam nem escrever o próprio nome e, hoje, já estão inseridas no mercado de trabalho. Nós trabalhamos a partir da parte psicológica, até a capacitação profissional”, explicou a diretora do Departamento de Segurança Alimentar da Semasc, Cleonice Freitas.
Acessibilidade
Para as pessoas que não têm condições de se deslocar até as cozinhas, por conta de limitações físicas ou enfermidades, são realizadas visitas técnicas. “A equipe vai até a casa da pessoa para fazer a identificação do local, possibilitando que algum profissional possa fazer todos os dias a entrega da refeição”, afirmou a coordenadora da unidade da cozinha comunitária Colônia Antônio Aleixo, Leandra Amorim.
Doações
O programa Cozinhas Comunitárias é voltado para a promoção da melhoria das condições de qualidade para a população de baixa renda. “Nós recebemos doações e todos os dias nós supervisionamos essa alimentação, fazendo a seleção e higienização do material. Nos preocupamos com a qualidade do alimento e, além disso, fazemos o acompanhamento das famílias dentro da comunidade, garantindo o cumprimento dos seus direitos”, explicou a nutricionista das cozinhas, Lenize Guimarães.
Quem deseja contribuir com o projeto de segurança alimentar e nutricional do município, pode ligar para os números 98842-1193 e 98842-2932.
Texto: Jordana Santos / Semasc
Fotos: Marinho Ramos / Semcom
Disponíveis em: https://flic.kr/s/aHsmCe9zxz e https://flic.kr/s/aHsmCe9zxz
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