LETÍCIA GOMES
DA REDAÇÃO
A Comissão Extraordinária de Segurança Pública recebeu, nesta quinta-feira (26/09), o gerente executivo do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, Vagner Urias, que denunciou os casos de violência contra enfermeiros em Unidades Básicas de Saúde da cidade.
Segundo Urias, muitos pacientes acabam agredindo os profissionais de saúde. “Essas queixas chegam através das denúncia de profissionais. Geralmente essas violências vêm de integrantes da população, devido ao aumento de demanda pelo serviço. A densidade populacional de São Paulo cresce, mas não aumenta o numero de unidades básicas”, disse Urias.
Para o vereador Milton Ferreira (PODE), é assustadora a dimensão dos casos violentos registrados. E é necessário conscientizar a população, pois esse problema se reflete diretamente na saúde pública do município. “Cada agressão que esses funcionários sentem piora ainda mais a nossa saúde pública. Funcionários faltam no emprego, perdem a vontade de trabalhar ou se afastam para fazer tratamento psicológico”, disse o vereador.
Além da falta de segurança, os vereadores também avaliaram o relatório enviado à comissão sobre o número de efetivos da Polícia Civil e Técnica. Segundo o vereador Reis (PT), existem cerca de 10 mil vagas em aberto. “São dez mil vagas que podem melhorar o atendimento na polícia e melhorar as investigações. Hoje as pessoas nem se quer fazem Boletim de Ocorrência porque não veem resposta”, defendeu Reis, para quem o Estado não pode terceirizar essa função.
Presidente da comissão, a vereadora Adriana Ramalho (PSDB) afirmou que essas informações serão repassadas ao governo estadual. “A segurança é fundamental em todos os momentos, categorias e situações. Este é mais um problema que vamos levar ao conhecimento do secretario para que seja implantada uma política pública eficiente para combater esses índices”, disse Adriana.