Comunidade do São João do Tupé recebe ações socioassistenciais
Navegando por 30 minutos pelo rio Negro, a partir da marina do Davi, na Ponta Negra, zona Oeste, é possível chegar à comunidade ribeirinha do São João do Tupé. Os moradores da área receberam, nesta segunda-feira, 22/4, serviços de assistência social, promovidos pela Prefeitura de Manaus, com atendimentos que garantem cidadania e acesso a benefícios socioassistenciais.
O trabalho de visita às 66 comunidades situadas nos rios Negro e Amazonas é coordenado pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), e já atendeu ao menos 28 comunidades ribeirinhas.
“Estamos levando o serviço a quem realmente precisa de direito. Temos feito um trabalho árduo, garantindo direitos às populações tradicionais que habitam os rios da Amazônia. Estamos seguindo a orientação do prefeito Arthur Virgílio Neto, de aproximar a Prefeitura de Manaus das comunidades que vivem distante da zona urbana da cidade”, destacou a secretária da Semasc, Conceição Sampaio.
As comunidades ribeirinhas da Tatulândia e Colônia Central, localizadas nas proximidades da região da praia do Tupé, também participaram do atendimento, em que foram ofertados serviços de primeira e segunda via da Certidão de Nascimento, orientação quanto a emissão da Carteira de Identidade, além de inserção e atualização no Cadastro Único (CadÚnico), Carteira do Idoso e orientação sobre Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O trabalho é realizado por meio de duas lanchas, que levam os servidores dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) Colônia Antônio Aleixo e Compensa 2, além de serem utilizadas pelos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e também por Conselheiros Tutelares da zona rural.
Beneficiária do Programa Bolsa Família, Maria Raimunda, de 44 anos, vive com seus quatro filhos na comunidade São João do Tupé, e precisava atualizar o CadÚnico para não ter o benefício bloqueado. “Trazer esse serviço até nós é muito importante, pois é difícil nos deslocarmos até a cidade. Agradecemos pela ajuda”, declarou.
De acordo com a diretora do Departamento de Proteção Social Básica (DPSB) da Semasc, Lenise Trindade, primeiro as equipes fazem o mapeamento das comunidades que receberão os serviços, para levantar a real necessidade dos atendimentos que precisam ser levados aos ribeirinhos.
“Identificamos a necessidade da comunidade do São João do Tupé, uma vez que a área estava descoberta por conta da logística, e por falta de possibilidade das pessoas comparecerem até o Cras. Hoje com as embarcações estamos levando os serviços da assistência social até eles”, pontuou Lenise.
As equipes identificam situações de vulnerabilidade e risco social, promovem acolhida e reuniões com as famílias, visitas domiciliares, atendimentos particularizados e em grupo, ações comunitárias, encaminhamentos e articulações com outras políticas, para atender a população, além de garantir acesso ao CadÚnico, para programas sociais.
“É a primeira vez que somos contemplados com uma ação com todos esses serviços, por isso, ficamos agradecidos pelo atendimento. Geralmente as pessoas saem de madrugada e enfrentam o rio para serem atendidas na cidade, então receber o serviço aqui é um privilégio”, destacou a presidente da comunidade São João do Tupé, Kelly Moraes.
Grávidas
O Fundo Manaus Solidária também esteve presente na oferta de serviços. A equipe entregou cinco enxovais completos às grávidas da comunidade.
Fernanda Garcia, de 25 anos, está grávida de 6 meses e ficou surpresa em ganhar um enxoval para seu bebê. “Estou feliz de ter ganhado um enxoval completo, eu não tinha nada e agora ganhei esse presente”, declarou.
A estimativa da Prefeitura de Manaus é a de que 66 comunidades ribeirinhas recebam os serviços socioassistenciais até o final deste ano.
Texto: Alexsandro Machado/ Semasc
Fotos: Altemar Alcântara/ Semcom
Disponíveis em: https://flic.kr/s/aHsmxAfNd3
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