14:08 – 19/11/2019
FOTO: DIVULGAÇÃO
Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de mais de 600 refugiados venezuelanos em São Gabriel da Cachoeira, a Companhia de Desenvolvimento do Amazonas (Ciama) entregou, na manhã desta terça-feira (19/11), o projeto de construção da Casa de Apoio a Refugiados Venezuelanos, ao prefeito do município, Clóvis Corubão. O projeto será submetido à apreciação do Consulado Japonês para financiamento e está orçado em R$ 242 mil.
A Casa de Apoio visa dar amparo aos refugiados, proporcionando dignidade, já que atualmente a maioria reside em casas cedidas ou alugadas e em barracos improvisados. Dados do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município apontam um número de 629 imigrantes vivendo nestas condições. Desse total, 149 famílias são da Venezuela e 16 famílias da Colômbia, sendo que, entre eles, há 249 crianças.
De acordo com o prefeito da cidade, Clóvis Corubão, já há assistência municipal a estes refugiados, porém, eles chegam em grande número e o recurso municipal não consegue atender a demanda, principalmente em relação à estrutura física.
“A ideia é que essa Casa de Apoio seja um reassentamento temporário, de modo a facilitar as condições para eles obterem acesso à cidadania e aos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, semelhantes aos desfrutados pelos próprios munícipes de São Gabriel da Cachoeira”, comentou.
Estrutura – O presidente da Ciama, Aluizio Barbosa, mostrou ao prefeito e seus representantes a planta da Casa de Apoio com 945m2.
“A Casa possui oito alojamentos ao todo. Cada duas famílias ou grupo de pessoas abrigadas irão dividir uma área em comum com banheiros e copa-cozinha. É como se tivéssemos quatro casas de dois quartos em apenas uma grande estrutura. Essa unidade poderá ser replicada futuramente no terreno de 480 metros quadrados disposto para o projeto”, explicou.
Pelo acordo firmado junto à Ciama, a prefeitura municipal de São Gabriel da Cachoeira se responsabilizará pela compra do mobiliário para os dormitórios e área das cozinhas, além de custear toda a manutenção do abrigo quando iniciar suas atividades.
De acordo com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão ligado ao Ministério da Saúde, desde o ano passado (2018), tem-se notado um aumento do fluxo migratório nos distritos sanitários Yanomami e Alto Rio Negro, ambos vizinhos da Venezuela. O impacto mais significativo para as equipes multidisciplinares de saúde indígena é na realização do bloqueio vacinal e na intensificação da vigilância epidemiológica nesses locais, principalmente nas áreas mais próximas da fronteira.
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