O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) ressaltou a repercussão na mídia nacional e estrangeira das queimadas na Amazônia durante sessão plenária nesta terça-feira (27). Na opinião do senador, o assunto foi pauta principal na imprensa nos últimos dias. Alguns dos concorrentes comerciais querem tirar proveito de uma situação que é natural no verão, disse.
Ele defende a relevância do assunto, devendo sim, ser preocupação de todos o sentimento de preservação e o reconhecimento do valor imensurável da floresta. Entretanto, existem outras preocupações que estão sendo deixadas de lado para o senador. Rodrigues criticou, em especial, a fala do presidente francês, Emmanuel Macron, que insinuou a internacionalização da Amazônia durante encontro no G7.
— Nós entendemos as dificuldades e nós, que somos da Amazônia, não defendemos a queimada criminosa, nem madeireiros irresponsáveis ou aqueles que, na verdade, agridem o meio ambiente. […] agora, querer criminalizar o país de uma forma geral em relação ao que aconteceu nestes últimos dias, eu diria que, na verdade, é muita coincidência, mas absolutamente muita coincidência que estivessem, ali, na França, reunidos os sete países — afirmou.
De acordo com o parlamentar, o país passa por dificuldades como qualquer outra nação. Em sua crítica ao programa Fantástico da Rede Globo, no último domingo, o chamou de melancólico, pois, ao encerrar o programa, exibiu a Bandeira do Brasil de cabeça para baixo, querendo demostrar um país quebrado e à venda. Ele disse que o Brasil está de pé e causa descontentamento a outras potências comerciais.
— Ei, minha gente, nós estamos cada vez mais erguidos! O Brasil está cada vez mais forte. O Brasil incomoda o mundo. Nós temos repetido isso dezenas e dezenas de vezes. […] Esquecem que nós somos o maior produtor de soja do mundo; que nós somos o maior produtor de proteína do mundo. Esquecem que nós temos apenas 8,37% do nosso território com culturas agrícolas, enquanto a Europa tem 50%, 55%, 60%. Nós temos muito a crescer ainda; nós temos muito a ajudar o mundo a se alimentar, concluiu.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)