A chefe executiva de Hong Kong, Carrie Lam, declarou que está disposta a criar uma plataforma de diálogo com os manifestantes, mas não chegou a aceitar as demandas feitas por eles.
As pessoas em Hong Kong vêm protestando contra um projeto de lei que tornaria possível transferir suspeitos para a China Continental para serem julgados.
Organizadores afirmam que 1,7 milhão de pessoas se mobilizaram para as manifestações do último domingo (18), o segundo maior número desde que os protestos tiveram início há mais de dois meses. O evento terminou sem confrontos com a polícia.
Em entrevista nesta terça-feira (20), Lam disse que “espera sinceramente que esse tenha sido o início do retorno da sociedade à paz, e que se afaste da violência.”
Segundo Lam, seu governo iniciará imediatamente trabalhos para o estabelecimento de uma plataforma de diálogo. Ela anunciou que, a partir desta semana, começará a receber grupos que haviam pedido negociações.
Ela também deixou claro que seu governo irá convidar especialistas internacionais para analisar se a polícia respondeu de forma correta aos protestos.
No entanto, Lam rejeitou mais uma vez as demandas dos manifestantes para a retirada completa do projeto de lei e para a realização de um inquérito independente sobre as ações da polícia nos protestos.
*Emissora pública de televisão do Japão