O Campeonato Brasileiro Feminino Sub-18 é a maior oportunidade da carreira para muitas das meninas que defendem cada um dos 24 clubes participantes. O Grupo B da competição foge um pouco desta regra, pois tem como integrantes Chapecoense e Internacional. Juntando os elencos destas duas equipes é possível encontrar nove atletas com experiência de Copa do Mundo. Isso mesmo. Com tão pouca idade, estas “gurias”, como são chamadas na Região Sul do Brasil, já sabem o que é representar o país em que nasceram em uma competição mundial.
A experiência das delas vem ajudando as duas equipes. Gisseli, lateral-esquerda da Chapecoense, destaca que a bagagem de Seleção Brasileira fez com que ela passasse a ter mais confiança dentro de campo.
– Fazer parte da Seleção e representar o meu país me ensinou muito. Trabalhei bastante para estar lá e isso fez com que eu evoluísse. Tenho a oportunidade de participar pela Chapecoense do adulto, estou aprendendo muito com elas e fico feliz por impor meu jogo no campo e ajudar a minha equipe. Aprendi muito com o professor Luizão (técnico da Seleção Feminina Sub-17) e com a comissão técnica. Comecei uma família. Aprendi como trabalhar em equipe, que é necessário estar sempre junto, e aprendi também a confiar mais em mim. Sou muito grata a eles por tudo isso – destacou a camisa 6 do Verdão do Oeste.
Bruninha, lateral-direita do Inter, lembra de outras competições e semanas de treino com a Seleção. Ela faz um comparativo dela mesmo nos períodos antes e depois da passagem pela Canarinho e destaca a evolução que alcançou.
– Tudo o que vivi de Seleção agregou bastante. A gente teve um período de convocação na Granja Comary. Disputei também o Sul-Americano e o BRICS Games, na África do Sul. Tudo isso me fez acumular uma bagagem gigante. E agora estar aqui no primeiro Campeonato Brasileiro Sub-18 da minha categoria é gratificante. A lateral tem uma cobrança gigantesca por ter de atacar e defender sempre. E o Luizão esteve sempre me ajudando. Cheguei crua na Seleção, não sabia muita coisa, mas acredito que as coisas que eu aprendi, em sua maioria, foram através dele – acrescentou.
Além de Gisseli, a zagueira Yasmin representa o grupo das experientes em Copa na Chapecoense. Pelo lado do Colorado, além de Bruninha, estão: Malu, Jheniffer, Julia, Mayara, Isadora e Isabela. Os dois duelos entre as equipes já aconteceram. O equilíbrio prevaleceu em ambos placares. No primeiro encontro, pela segunda rodada da competição, empate em 1 a 1. No seguinte, disputado na última segunda-feira (22), no Estádio Homero Soldatelli, nova igualdade, desta vez sem gols.
As duas equipes ainda lutam pela classificação para a próxima fase do torneio. O Inter se garante vencendo ou até mesmo empatando o duelo com a Ferroviária, que abre a sexta rodada. Para ficar com o primeiro lugar e vaga direta, a Chape necessita que o Colorado perca e tem de derrotar o Corinthians e tirar uma desvantagem no saldo de gols para o time gaúcho, que atualmente é de dois gols a menos. Caso não consiga desta forma, o Verdão pode ainda se classificar como um dos dois melhores segundos colocados desta Primeira Fase.