A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (6) projeto (PL 2.107/2019) que concede o título de patrono do cooperativismo brasileiro para o padre Theodor Amstad. Considerado o introdutor do cooperativismo no Brasil, o suíço de origem germânica chegou ao Brasil em 1885 e prestou assistência econômica, social e cultural, como padre jesuíta, a colonos agrícolas de origem germânica na então Província do Rio Grande do Sul.
O relator, senador Lasier Martins (Podemos-RS), disse que é muito justa essa homenagem.
— Ele criou esse sistema econômico, que é extremamente louvável e foi muito elogiado na época pelo papa João Paulo II. Ele dizia: “nem capitalismo, nem socialismo. O ideal é cooperativismo”.
Lasier também lembrou a atuação de Theodor Amstad no Rio Grande do Sul. De acordo com o senador, ao lado de outras lideranças religiosas, pequenos proprietários e trabalhadores rurais, o “Pequeno Padre”, como era carinhosamente chamado, criou em 1902 a Associação Rio-Grandense de Agricultores, a primeira do gênero no estado.
— Junto à Associação, foi criada também uma caixa de crédito rural, dedicada ao empréstimo e à poupança, que consistiu na primeira cooperativa de crédito no Brasil e na América Latina. A inspiração, tanto para a criação da associação como da cooperativa, veio de experiências europeias que pudera conhecer quando jovem, especialmente aquelas vinculadas à tendência do denominado catolicismo social.
De autoria do ex-deputado Giovani Cherini, o texto segue agora para análise em Plenário.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)