A Comissão de Educação (CE) aprovou nesta terça-feira (27) o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 43/2018, que batiza de Presidente Nilo Peçanha o trecho da rodovia BR-101 em todo o estado do Rio de Janeiro. O projeto segue para análise em Plenário.
O texto altera a Lei 10.292, de 2001, que denomina a BR-101 de Rodovia Governador Mário Covas, para destacar o trecho da rodovia no Rio.
De autoria do deputado Paulo Feijó (PR-RJ), o projeto foi relatado na comissão pelo senador Welington Fagundes (PR-MT), que considerou a iniciativa uma “justa homenagem ao político que tanto contribuiu para o engrandecimento do Brasil”.
Nilo Peçanha
Fluminense de Campos dos Goytacazes, Nilo Peçanha estudou na Faculdade de Direito de São Paulo e depois na Faculdade de Recife, onde se formou. Iniciou a carreira política ao ser eleito para a Assembleia Constituinte em 1890. Em 1903, foi eleito sucessivamente senador e presidente do estado do Rio de Janeiro, permanecendo no cargo até 1906, quando foi eleito vice-presidente da República, no governo de Afonso Pena. Com a morte de Afonso Pena, em 1909, assumiu o cargo de presidente.
Em sua gestão, criou o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), cuja chefia foi entregue ao marechal Cândido Rondon, e o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria. Também iniciou o ensino técnico no país.
Peçanha também teria sido o primeiro presidente negro do país. Alguns historiadores afirmam que ele escondia suas origens africanas e mandava retocar as fotografias presidenciais para branquear sua pele escura.
Ao fim do seu mandato presidencial, retornou ao Senado e ainda tornou a se candidatar à presidência da República pelo Movimento Reação Republicana, em 1921, mas perdeu a eleição para Artur Bernardes. Faleceu em 1924, no Rio de Janeiro.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)