Nesta segunda-feira (12), a cidade de São Paulo sedia o evento Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa. A iniciativa proporciona informação e tira dúvidas sobre a submissão de propostas ao Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
As cidades de Santo André e Santos foram as últimas a receber edições da série. Na capital, o encontro ocorre na sede da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Os eventos são voltados a todos os interessados em compreender melhor as normas que conduzem o Pipe, tanto empresários já estabelecidos, que pretendem desenvolver tecnologia e inovação, quanto quem pensa em empreender e ainda nem mesmo tem uma empresa aberta.
Um projeto pode ser apresentado e somente após a aprovação é que a empresa precisa ser constituída legalmente. Em mais de 20 anos, o programa contabiliza mais de 2 mil projetos de pesquisa selecionados.
Dúvidas
Em Santo André, no dia 10 de julho, a reunião ocorreu no auditório Heleny Guariba, na prefeitura da cidade. “A qualidade das perguntas e as intervenções da plateia foram muito boas. Há bom potencial de apresentação de novos projetos”, disse à Agência Fapesp o professor Fabio Kon, membro da coordenação adjunta da diretoria científica da Fapesp na área de Pesquisa para Inovação, que apresentou o evento.
A cidade de Santo André, no ABC paulista, tem nove projetos aprovados ao longo dos anos, enquanto as vizinhas São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul contam com, respectivamente, 22 e 15 projetos.
Uma das participantes na plateia foi a administradora Livia Batista, analista financeira na empresa Tec Mobile Soluções em Tablets e Softwares, de Santo André. “Temos um software de credenciamento digital em eventos, chamado Receptiva, que já tem aceitação desse mercado. Porém, pretendemos inovar esse produto com o objetivo de melhorar a experiência dos organizadores e participantes dos eventos”, explicou à Agência Fapesp.
“Pensamos em participar do Pipe para realizar uma pesquisa sobre as inovações que temos em mente. Nossas principais dúvidas eram sobre o período de avaliação e duração do programa”, completou a administradora.
Análises
A duração do projeto pode ser de até nove meses na primeira fase e dois anos na segunda. A análise pela Fapesp ocorre em até seis meses. Outro participante em Santo André foi o engenheiro eletricista José Farias, sócio na empresa Nanotech, da mesma cidade, que fabrica tintas reflexivas e de isolamento térmico.
“Tenho feito pesquisa e desenvolvimento com financiamento próprio ou de bancos. Eu não conhecia o Pipe há até pouco tempo e achei muito importante a palestra”, salientou à Agência Fapesp. “Estou decidindo se fazemos uma evolução nos nossos produtos, um upgrade, ou se partirmos para um projeto novo”, acrescentou.
“Santos me surpreendeu favoravelmente porque a sessão de perguntas e respostas foi bem ativa e intensa”, avaliou à Agência Fapesp o professor Sérgio Queiroz, coordenador-adjunto da área de Pesquisa para Inovação da Fapesp, que apresentou o evento no município em 3 de agosto.
No total, a cidade de Santos conta com nove projetos aprovados pelo Pipe. “É pouco para o potencial da cidade”, disse Sério Queiroz. “Mas ouvi pelo menos 10 pessoas interessadas em apresentar propostas. Se, dessas 10 iniciativas, pelo menos cinco resultarem em projetos aprovados, já é bem razoável”, disse.
Inscrições
Os interessados podem aproveitar as inscrições para o 4º ciclo de análise de 2019 do Pipe, que se encerram em 21 de outubro de 2019. Estão reservados R$ 15 milhões para o atendimento às propostas selecionadas.
Para atender aos interessados em participar da chamada, será realizada, em 25 de setembro de 2019, na Fapesp, das 9h às 12h, uma reunião aberta para esclarecimentos gerais sobre a iniciativa.