A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) faz na quinta-feira (26), às 14h, uma audiência pública interativa para debater o Setembro Amarelo, campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio.
O requerimento para a audiência (REQ 106/2019), de autoria da senadora Leila Barros (PSB-DF), teve o apoio de vários senadores — entre eles, Flávio Arns (Rede-PR), Zenaide Maia (Pros-RN), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Styvenson Valentim (Podemos-RN). Leila destaca que o suicídio “é um fenômeno complexo, de múltiplas determinações, mas saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo”.
Foram convidados para a audiência, entre outros, o presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina e diretor e superintendente técnico da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva; o técnico da Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde Mauro Pioli Rehbein; a psicóloga Juliana Andrade Cunha, coordenadora do Helpline, serviço de orientação psicológica on-line da SaferNet Brasil; e a porta-voz do Centro de Valorização da Vida (CVV), Leila Heredia.
Dados
De acordo com números do Ministério da Saúde, 32 brasileiros se suicidam diariamente. No mundo, ocorre uma morte por suicídio a cada 40 segundos. Aproximadamente 1 milhão de pessoas se matam a cada ano. Sabe-se que os números são muito maiores, pois a subnotificação é reconhecida. Além disso, os especialistas estimam que o total de tentativas supere o de suicídios em pelo menos dez vezes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove em cada dez mortes por suicídio poderiam ser evitadas. O dado indica que a prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo ajuda e atenção adequadas.
A audiência será realizada no Plenário 2 da Ala Senador Nilo Coelho.
Morgana Nathany, sob supervisão de Sheyla Assunção
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)