Após conquistar medalha de ouro no Parapan-Americano de Lima, no Peru, a atleta de Badminton, Mikaela Costa Almeida, de 16 anos, chegou a Manaus na tarde desta quarta-feira (04/09) e foi recebida com muita alegria por pais, amigos e treinador. A atleta é apoiada pela Secretaria de Estado de Juventude, Esporte (Sejel), por meio do Centro de Alto Rendimento do Amazonas (Ctara) e pela Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino (Seduc-AM), com o Núcleo de Desenvolvimento de Badminton da Escola Estadual Cacilda Braule Pinto.
Mikaela protagonizou um momento histórico na modalidade ao vencer a peruana Laura Puntriano por 2 sets a zero na categoria SU5 (incapacidade no braço), na primeira edição dos Jogos Parapan-Americanos em que houve a disputa de Parabadminton.
A campeã fez um balanço da sua trajetória até o ouro no Parapan, que consagrou o seu esforço e dedicação. “Essa medalha é sinônimo de superação. Perdi minha irmã há poucos meses e tive que superar isso. Disputei muitas competições sem chegar ao pódio, mas eu não desanimei. Sei que é um momento único e que é um marco histórico. Chorei um dia inteiro de alegria ao perceber o que eu alcancei algo tão grandioso”.
Mika também fez questão de deixar uma mensagem de força e esperança para todas as pessoas que enfrentam algum tipo de dificuldade. De acordo com ela, por mais difíceis que sejam os obstáculos, o importante é nunca desistir dos seus objetivos, tendo como característica motriz a persistência.
Conhecedor das dificuldades e um dos principais apoiadores da adolescente, Altemar Almeida, pai da paratleta, não escondeu a felicidade pela filha. “Eu sempre estive perto, nas derrotas e nas vitórias, nos choros e nos sorrisos. Eu vi as dificuldades dela, vi a superação e sempre disse para ela nunca desistir, pois um dia chegaria a vitória”, contou.
A diretora da Escola Cacilda Braule Pinto, Rosimeire Cruz, destacou o apoio que o estado, por meio da Sejel e da Seduc, disponibiliza para esses atletas. “Quando passei a dirigir a escola, o professor Fernando me falou do projeto e eu sei o quanto o esporte é importante na formação em no resgate de nossos jovens. Eles podem continuar contando com a Seduc e a Sejel, à disposição para sempre engradecermos o esporte, a educação e a disciplina”, frisou.
O início – Diante do grande feito, o técnico da jovem, Fernando Taffarel, lembrou de quando tudo começou de forma despretensiosa e com o objetivo de promover a inclusão dos alunos deficientes. Ele também ressaltou o orgulho que os frutos desse trabalho já estão dando.
“Tudo começou em 2015, e eu só queria fazer a inserção de uma modalidade que fosse possível para os deficientes, sem pretensões competitivas. Só queríamos que todos participassem das aulas de Educação Física, e me orgulha ver que hoje nós temos uma grande equipe, com atletas que venceram os Jogos Escolares do Amazonas e vão representar o estado no nacional, e o nosso orgulho maior, que foi o ouro da Mikaela”.