Por 36 votos favoráveis e 5 contrários, o Plenário aprovou nesta terça-feira (6) a indicação do diplomata Julio Glinternick Bitelli para exercer o cargo de embaixador do Brasil junto ao reino do Marrocos. A aprovação será comunicada à Presidência da República.
Entre as funções desempenhadas por Julio Bitelli estão a de primeiro-secretário na embaixada em Washington (1999-2003); primeiro-secretário e conselheiro na embaixada em Buenos Aires (2003-2007); conselheiro e ministro-conselheiro na embaixada em La Paz (2007-2010) e coordenador-executivo dos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável na Rio+20 (2012).
Julio Bitelli foi ainda embaixador em Túnis, na Tunísia (2013-2015); chefe de gabinete do ministro (2015-2016); chefe de delegação na I Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Secretaria Iberoamericana, em Cartagena (2015); e embaixador em Bogotá (2016).
Durante a votação da indicação, o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) defendeu a aprovação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 118/2019, do senador Alvaro Dias (Podemos-PR). A PEC determina que somente poderão ser indicados para chefiar embaixadas “servidores efetivos integrantes da carreira diplomática”.
O senador José Serra (PSDB-SP), por sua vez, destacou a atuação de Julio Bitelli como “diplomata, homem público e competência dentro dos padrões melhores do Itamaraty”.
Monarquia constitucional
O Marrocos é uma monarquia constitucional, com população de 34 milhões de habitantes, distribuída em uma área de 446.550 km². Possui Parlamento bicameral formado por Câmara dos Representantes e Câmara de Conselheiros.
A maioria da população segue o Islamismo (99%). As línguas oficiais são o árabe, o berbere e o francês. A localização do país, no extremo oeste do Magrebe, região noroeste da África, faz do país não apenas o ponto africano de confluência entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, mas também o ponto de encontro entre a África e Europa, tendo fronteira terrestre com as cidades de Ceuta e Melilla, que pertencem à Espanha.
Relações bilaterais
No plano comercial, as relações bilaterais vêm se fortalecendo ao longo das últimas duas décadas, sobretudo em função da crescente integração de adubos e fertilizantes marroquinos à base de fosfato à cadeia de produção agrícola no Brasil. Enquanto as importações brasileiras se concentram em produtos derivados de fosfato (correspondentes a mais de 85% da pauta de importações), as exportações para o Marrocos têm sido tradicionalmente concentradas em produtos agrícolas, com destaque para o açúcar (57% das exportações em 2018).
No último dia 5 de junho, houve a instalação do Grupo Parlamentar Brasil-Marrocos, com a finalidade de incentivar e desenvolver as relações bilaterais entre os poderes legislativos dos dois países.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)