16:14 – 11/11/2019
FOTO: Divulgação
Três alunos Escola Estadual Ernesto Pinto Filho desenvolveram o aplicativo que possibilita visualizar moléculas em 3D
Os estudantes Suelen Silva, Fernanda Pereira e Daniel Santos, da Escola Estadual Ernesto Pinto Filho, na zona norte de Manaus, venceram, no sábado (09/11), a 20ª Feira de Projetos de Química, em João Pessoa (PB). Concorrendo com outras oito equipes, os alunos desbancaram instituições particulares e institutos federais, trazendo para o Amazonas o primeiro lugar.
O projeto “Utilização da Realidade Aumentada (RA) como ferramenta facilitadora para o ensino de substâncias orgânicas”, desenvolvido pela equipe, tem como objetivo apresentar e explicar as funções orgânicas, moléculas e nomenclatura de forma lúdica e interativa. Para isso, os três alunos desenvolveram o aplicativo “VR Química”, por meio do qual é possível visualizar as moléculas em 3D.
Uma das componentes da equipe, Fernanda Pereira conta sobre a experiência de poder mostrar que as instituições públicas estão no mesmo patamar de escolas particulares. “Foi muito, muito emocionante, fiquei muito feliz em ver que alunos de Manaus, de escola pública, ganharam de escolas de fora. Isso foi importante, porque significa que nosso esforço e dedicação não foram em vão. Além da conquista, trago para a minha terra o estímulo e o exemplo de que somos e podemos competir, sim, participar de congressos e estar no mesmo nível das escolas particulares”, disse.
O projeto foi realizado com alunos do Ensino Médio, auxiliados por dois acadêmicos universitários – um de Ciências da Computação e outro de Engenharia Elétrica –, que colaboraram com o aporte teórico sobre a utilização do Blender e do Unity (ferramentas de Realidade Aumentada), em parceria com o professor de Química da escola estadual.
Também componente do grupo, Suelen Silva afirma que, ao realizar a apresentação do aplicativo na escola, o resultado foi bastante positivo. “A tecnologia ajudou bastante eles a entenderem melhor. A percepção dos alunos foi positiva, trazendo uma perspectiva nova para os participantes, que nunca tinham ouvido falar em RA e muito menos se viam desenvolvendo um aplicativo. Com o avanço da tecnologia, foi possível criar ambientes virtuais para auxiliar no ensino da Química. Os alunos compreenderam as ligações e, por meio dessa ferramenta, conseguiram fazer a nomenclatura mais facilmente e correlacionar com a estrutura química”, enfatizou.
A professora orientadora Ana Caroline Duarte falou da importância dessa premiação para os estudantes e para a escola: “É gratificante ver a transformação desses alunos e poder contribuir com todo este processo. Esse projeto não só trouxe essa conquista na Olimpíada, como, também mudou o olhar desses estudantes. Eles foram marcados pelo que o estudo pode trazer, quebrando todas as barreiras quando se fala em trabalhar com este tipo de iniciativa”.
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