Geral
25 de Julho de 2019 às 19h25
Apesar de ataques de hackers, telefone funcional de Raquel Dodge não teve dados capturados
Iniciada em maio, investigação interna do MPF foi decisiva para descoberta do modo utilizado para invasão do aplicativo Telegram
Foto: Antônio Augusto/Secom/PGR
O telefone funcional utilizado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sofreu tentativas de invasão por parte de hackers. Os ataques foram identificados no início do mês de maio, pela Secretaria de Tecnologia de Informação e Comunicação (Stic) após instauração de Procedimento Administrativo. A providência foi determinada pela PGR com o objetivo de apurar suspeitas de invasões nas contas do Telegram de membros da força-tarefa Lava Jato em Curitiba e no Rio de Janeiro. Ao analisarem o caso específico da procuradora-geral, técnicos da Stic perceberam uma característica que chamou a atenção e que posteriormente foi um dos elementos centrais para se desvendar como se deram as invasões. É que, diferentemente de outros aparelhos que tiveram o aplicativo invadido, o de Raquel Dodge estava com a caixa postal desativada.
No âmbito interno da PGR, o procedimento administrativo teve como principal propósito assegurar a segurança e a integridade da comunicação de membros e servidores. Entre as medidas adotadas, estão providências como a troca de linhas telefônicas, ações de comunicação interna para que usuários habilitassem a dupla verificação das contas e que passassem a utilizar o eSpace (ferramenta de mensagens disponibilizada pelo Ministério Público Federal). Também foi apresentada solicitação à operadora Claro para que desativasse o serviço de caixa postal de todos os telefones institucionais do MPF.
Conduzido pela Secretaria de Tecnologia de Informação e Comunicação (Stic), com apoio da Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea), o procedimento concluiu que os ataques e comprometimentos ocorreram em soluções hospedadas e mantidas fora da infraestrutura do MPF, no caso o aplicativo privado Telegram. Internamente, foram identificados ataques a aparelhos utilizados por 25 membros de todo o país. A apuração interna revelou que menos da metade foram efetivamente comprometidos. Em despacho emitido após a conclusão do procedimento, Raquel Dodge determinou a elaboração de portaria – já em vigor – que oficializa o eSpace como ferramenta de comunicação oficial.
Ao longo da instrução do procedimento administrativo, servidores da área de tecnologia da informação do MPF participaram de reuniões com investigadores da Polícia Federal para compartilhar as apurações internas. Nestas reuniões foram discutidas estratégias, providências e responsabilidades, considerando o fato de, naquele momento, o MPF ser o órgãos que possuía o maior volume de registros de ataques e tentativas. Também neste período, a PGR solicitou à PF a abertura de inquérito policial com o objetivo de identificar a buscar a punição dos responsáveis pelos ataques bem como a unificação das investigações em curso.
Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria-Geral da República
(61) 3105-6406 / 6415
[email protected]
facebook.com/MPFederal
twitter.com/mpf_pgr
instagram.com/mpf_oficial
www.youtube.com/tvmpf