A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou hoje (27), por meio de nota, que criou uma sala de crise em conjunto com a Marinha e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para acompanhar o vazamento de óleo que acontece desde sexta-feira (23) na Bacia de Campos, após o surgimento de cinco trincas no casco do navio plataforma FPSO Cidade do Rio de Janeiro, no Campo de Espardarte. Os três órgãos vão fiscalizar o andamento das ações adotadas pela Petrobras para reduzir possíveis impactos ao meio ambiente.
Técnicos trabalham no local, a 130 quilômetros da costa, com quatro embarcações de apoio e sete de combate à poluição na região para dispersar a mancha de óleo, que foi identificada no último sobrevoo, realizado na tarde de ontem (26).
“Uma empresa especializada em estabilidade de embarcações está avaliando a situação. O navio plataforma deve ser movimentado para a realização dos reparos em estaleiro”, disse a ANP.
O vazamento de óleo foi comunicado à Petrobras na sexta-feira pela empresa japonesa Modec, dona do navio que é afretado pela estatal e está fora de operação desde o ano passado.
A plataforma FPSO é uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência utilizado pela indústria petrolífera para a exploração (produção), armazenamento petróleo e/ou gás natural e escoamento da produção.
Uma mancha com dimensões de 4.500 metros por 200 metros, com volume estimado de 3 mil litros de óleo, foi identificada nas proximidades do navio, resultante do furo no casco do navio. A embarcação está com a produção interrompida desde julho de 2018 para processo de descomissionamento (desativação da unidade).
Edição: Fábio Massalli