Integrantes do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra buscaram informações junto a instituições públicas e privadas locais, dentre as quais a Suframa, para subsidiar ações de alto nível na administração pública.
por Márcio Gallo publicado: 05/11/2019 17h30 última modificação: 05/11/2019 19h44
A relevância da região amazônica motivou o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (Caepe) da Escola Superior de Guerra (ESG) a cumprir, entre os dias 4 e 8 de novembro, uma agenda em Manaus para reunir dados e informações junto a instituições públicas e privadas locais, dentre as quais a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), para subsidiar ações de alto nível na administração pública. Nesta terça-feira (5), a programação teve início na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), onde representantes da entidade, juntamente com o superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Sedecti-AM), Jório Veiga, realizaram apresentações sobre o papel de cada instituição em prol do desenvolvimento da sociedade regional e brasileira.
O titular da Suframa destacou dados sobre o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) e a relevância para o desenvolvimento socioeconômico regional e nacional, com destaque para os benefícios na área da educação que vieram a partir da implementação do Polo Industrial de Manaus (PIM). “Quando comparamos o que era o Amazonas, por exemplo, de antes da Zona Franca de Manaus para o que é agora, vemos um impacto positivo do modelo de desenvolvimento regional em diversas frentes. Como o acesso à educação com o acréscimo exponencial de centros de ensino superior, o que permitiu uma melhora nos índices de educação no Estado. Sem falar que devido à atividade industrial do PIM, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) – que conta com recursos oriundos da indústria local – tem capilaridade em todos os 62 municípios do Estado, inclusive os mais longínquos”, ponderou Menezes.
Ao citar os resultados positivos que a Zona Franca de Manaus gera, o superintendente da Suframa lembrou que “este modelo é comprovadamente vencedor e dados comprovam isto. Ele gera emprego e renda em nossa região, mas também espraia esses benefícios a todos os demais estados do Brasil. São Paulo, por exemplo, tem centenas de milhares de empregos por conta da Zona Franca, assim como outras unidades da federação também são beneficiadas com este modelo de desenvolvimento. Vale ressaltar, ainda, que devido à atividade econômica aqui realizada, somos superavitários para a União e contribuímos com recursos para todo o País”.
O secretário da Sedecti-AM, Jório Veiga, também apresentou dados relevantes sobre a região e o Amazonas e lembrou que a sustentabilidade da região deve-se à existência da Zona Franca de Manaus, que permitiu a criação de um parque industrial bem estruturado e com indústrias de alta tecnologia que geraram oportunidades e reduziram a pressão do homem sobre a floresta nativa do estado. Veiga ainda destacou que há outras atividades que devem ser exploradas de forma responsável para fomentar a economia e promover o desenvolvimento da região, fomentando novos vetores econômicos.
Paulo Pereira, diretor de Comunicação e Marketing da Fieam, apresentou informações sobre a atividade industrial local e como o segmento contribui para diversas iniciativas sociais, com destaque para a capacitação de pessoas e o atendimento na área de saúde para empregados do segmento, seus familiares e a sociedade em geral.
Reconhecimento
Em nome do Almirante de Esquadra Alípio Jorge Rodrigues da Silva, comandante da Escola Superior de Guerra, o estagiário do Caepe-ESG, promotor de justiça Cássius Chai, agradeceu aos conferencistas pela exposição feita de acordo com os conhecimentos em suas áreas de atuação. “Foram tratados aqui de assuntos que serão de absoluta importância para o desenvolvimento do nosso trabalho nos vários cursos de política estratégica que estamos realizando e, mais adiante, isto possibilitará a produção de planejamento e assessoramentos adequados e efetivos”, afirmou.
O curso
Contando com uma turma de cerca de 80 estagiários, dentre representantes civis de diversos órgãos governamentais e alunos militares das Forças Armadas Brasileiras, policiais estaduais e membros militares de Nações Amigas (Argentina, Uruguai, Peru e Paquistão), o Caepe-ESG prepara para o exercício de funções de direção e assessoramento de alto nível na administração pública, em especial na área de Defesa Nacional. A programação no Amazonas conta com participação em palestras, visitas a empresas da região e viagens a localidades distantes, a fim de conhecer a realidade e especificidade da Amazônia brasileira.