Com objetivo de intensificar ações de vigilância ativa e cadastramento de propriedades rurais, fiscalização do trânsito animal, inspeção de produtos de origem animal e estruturação das Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav) e as atividades de educação sanitária nos municípios próximos de fronteira com a Colômbia e Peru, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e a Superintendência Federal da Agricultura no Amazonas (SFA-AM) reuniram-se, nesta terça-feira (27/08), para traçar um plano, visando o fortalecimento do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (Pnefa).
De acordo com o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, a ideia é estabelecer um plano focado estrategicamente para estas regiões, envolvendo os municípios de Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença e Amaturá, no sentido de firmar parcerias nacionais e internacionais, com ênfase nos países da América do Sul.
Tabatinga e Benjamim Constant, são os municípios onde há um trânsito de animais mais intenso entre a Colômbia, Peru e o Brasil.
“Essa ação exige grandes parcerias, sendo uma atividade integrada e estratégica que vai envolver muitas entidades, desde a Adaf, o Idam, a SFA/AM e as agências de defesa de outros estados e dos países de fronteira. Inclusive, estamos buscando parcerias com o apoio da SFA-AM com o Exército Brasileiro e Polícia Federal (PF). O objetivo principal é executarmos um plano de ação, para realizarmos ações conjuntas com os países vizinhos, Peru e Colômbia, prefeituras e demais órgãos”, destacou o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Aráujo.
Para o superintendente federal da Agricultura no Amazonas, Guilherme Pessoa, a medida do plano partiu após a visita de servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Tabatinga há dois meses atrás, que, no relatório, destacaram pontos que precisavam ser fortalecidos.
“A reunião foi em função da necessidade de uma intensificação de ações de defesa agropecuária da tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru, com ênfase para a defesa animal, especificamente a febre aftosa. Tudo isso porque é de conhecimento de todos que a Colômbia apresentou focos nos últimos anos e nós estamos pleiteando a retirada da vacinação de febre aftosa. Então, nós temos que ter algumas garantias, que, mesmo estando vizinho ao lado de um país que tem aftosa, que ao retirar a vacina, o Amazonas e o país terão segurança”, afirmou Guilherme.